Nas noites frias de inverno na solidão da sala
Navega-se na expectativa e sem escala
Entre as intrépidas janelas internautas
Sem conhecer a face de quem encanta ou desencanta
Não há cidade certa, bairros ou ruas... O endereço? IP...
Somente a esperança lúdica de um intercâmbio universal
Uma vez, uma única vez, um encontro casual...
Sem beijos, nem taras, simplesmente caminhar de mãos dadas...
Loucos aventureiros da madrugada, solidão ou perspicácia?
Não importa, o que realmente importa é que um dia, um dia...
Alguém, numa janela virtual fará seu coração pulsar diferente...
Suas noites não mais serão vazias, invadidas por sonhos ternos e paixões fugazes...
Virão dias de expectativas do encontro com o desconhecido, conhecido...
O passageiro das redes sociais, que como mágica fez um coração pulsar...
Estranhos seres humanos que dotados de sentimentos futurísticos, não precisam se tocar basta por uma tela olhar...
Basta TC, para descobrir o sentido de amar...
Rafael Trindade
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Mata, mata atlântica
De um verde reluzente
Charmosa e atraente
Com seus pássaros,
Animais e cachoeiras
Que nos seduz.
Jacu, onça, tatu, inhabú,
Tucano, macaco sauá e...
Se procurar até lobo- guará.
De um lado, a concórdia
De outro o santuário
Com sua planície de pedra
De beleza centenária.
Das trilhas que nos fascina
A gruta e a grande mina
De água pura e cristalina
Não penses que aqui termina...
Se conhecer mestre Roberto
o convívio, nos fascina
Um homem que nos ensina
Que tudo aquilo que cuida
O meio ambiente que preserva
É para termos a chance de
Conhecer a reserva.
Homenagem ao Veterinário Roberto Lamego, por sua dedicação ao Santuário da Concórdia-Valença RJ
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Perdidos na crença
Sem enxergar na raça
Sem perceber na cor
A vida que perdeu a graça.
Viver na desgraça
do desamor...
Não se evita a cor
Não anula a dor
Mas, quando da graça...
Não há ameaça a raça.
Sem trapaça daremos
Um basta à casta
Que ameaça a felicidade
De um povo, que luta com raça
Pela igualdade interior da cor.
Quando, ouve-se o “Dom” da raça dizer...
“Quando duas mãos se encontram
refletem no chão a mesma cor”.
Entende –se a lição de igualdade e amor
Assim cria-se um povo sem dor
Uma nação que respeita a raça e a cor.
Rafael Trindade
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Nos quatro cantos da cidade
Sorrateiro e sem alarde
Em uma época imponente
Acordava a comunidade
Entre crianças e adultos
Num ritmo de velocidade
O tumulto era absoluto
Num toque de vaidade...
Vai e vem de pessoas
Em gestos de intimidade
Corre- corre nas ruas
Na evolução da sociedade
O café pronto na mesa...
Mamãe precisa ir para a empresa!
Crianças! Vão embora... Já pra escola!
No apito das sete horas...
Enquanto isso! Operários com maestria
A fábrica em sintonia, no produto que fazia...
Outra vez o apito, como uma voz seduzia...
Agora, meio dia!
Hora boa! Hora do almoço!
Com licença seu moço
Quero ficar a toa, descansar um pouco...
Sabe! Apesar do cansaço e do sufoco
Tínhamos o sustento pra vida
E o salário no bolso...
O tempo passado
O apito preciso, absoluto!
Anunciava a chegada
Do abençoado crepúsculo...
As seis, na mais Santa hora
O apito cantilena implora
Que rezem a Ave Maria
Findo mais um laborioso dia...
Hoje, A cidade chora!
Pelas fabricas que foram embora...
Num passado de feliz história
Amparada pelo amor, de Nossa senhora da Glória...
Rafael Trindade
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Minha doce amada
Na ânsia do prazer
Meu corpo invade o seu
Transpassa o teu ser
Em busca d’alma
Querendo ter você.
Singela e doce mulher
Transpirar seu amor
Inunda meu querer
Fazendo–me cada vez mais
Buscar você.
Nus e entrelaçados
Assim posso até morrer...
Pois não a segredos, não revelados...
Entre mim e você.
Entre gemidos e sussurros
Quando ficamos mudos
Tornamo-nos um... Por um segundo...
No chão! Adormecidos
Ouvem-se suspiros
De um amor incontido
Revelando almas unidas pelo destino.
Rafael Trindade
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O INÍCIO DE VIAGEM
TRAZ AMIGOS E IRMÃOS
À UMA GRANDE ATERRISSAGEM
NO INTERIOR DA GARAGEM...
NÃO SE ILUDA!
BRINCADEIRAS, SACANAGENS E BOBAGENS
É SÓ INÍCIO DE CONVERSA
NO INTERIOR DA GARAGEM...
FALA SÉRIO!
PLACA DE ATEROMA, GENIANA,
ESTATÍSTICA, HERMENÊUTICA E PAPILOMA
NA LINGUAGEM DO “BATISTA, UM SURREALISTA.
É UMA SACANAGEM EXPLICITA...”
PRA ALEGRIA DE TURISTA
NO INTERIOR DA GARAGEM ...
NO PAPO DE INTELIGÊNCIA
DISCUTE-SE A EXISTÊNCIA
DE CANAIS DE INFLUÊNCIA
DA MATEMÁTICA E DA CIÊNCIA
NO GELO DA CERVEJA E
NO TEMPERO DA CARNE
NO INTERIOR DA GARAGEM...
CAMARADAGEM!
DO REI DA ESTALAGEM...
COMPANHEIRO NA TRILHA, NA PESCA...
E NOUTRAS VIAGENS
O ABRAÇO SINCERO DE AMIGOS
NO INTERIOR DA GARAGEM...
Rafael Trindade
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Você...
Que como a brisa leve
Suavemente acaricia minha face
E invisível se perde no horizonte...
Como a noite ...
Que desnuda do clarão da lua
Busca nos vaga-lumes a garantia da luz...
Como o sol, que na aurora busca a liberdade
E no crepúsculo retorna, em busca da paz...
Chega em silêncio...
Olha-me por um momento
Como se algo quisesse dizer...
E insiste, em si, perder-te.
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A água corrente do rio
O homem sentindo frio
O sol aquecendo a terra
A salgada água do mar
O dizimar da mata que tem o ar
O tumulto da cidade
O jovem na faculdade
O político e a falsidade
A mulher e a ansiedade
A donzela e a virgindade
O papa e a autoridade
O cachorro guiando cego
O homem alimentado o ego
O negro em sua luta
O trafico FDP
O jovem que não escuta
O pai que o insulta
A filha que se revolta
A grávida com pouca idade
A mãe, que não reage
A guerra sem motivo
A nação sem juízo
Deus e seu castigo
Tudo isso é louco aos olhos de quem observar...
Que diferença temos do louco extremo?
Se não levamos a sério, o mundo em que vivemos!
Rafael Trindade
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Beleza esguia de crinas douradas
Solta no campo olhar admirado
Lá vai a mais linda, a premiada Campolina
Campolina sertaneja, andar compassado
Marcha com firmeza quase um rebolado
Princesa delicada, a mais linda do estábulo
Campolina imponente, natureza rural
Não há quem domine tão belo animal
Um dia aparece solto no campo
De forma poética, um garanhão, sem igual
Na união? Se aproxima, seu olhar paralisa
O suspense domina a bela campolina...
Que na cruza... ao amor...se destina...
Rafael Trindade
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EM PLENA ROMARIA, CAVALGADA DE SÃO JORGE,
MEU OLHAR OBSERVA UMA JOVEM FORMOSA.
NUM GESTO REPENTINO, QUASE EM DESALINHO,
TIREI O MEU CHAPÉU OFERENDO-LHE UMA ROSA.
OLHAR SERENO, SORRISO PEQUENO, MOSTROU QUE TAL PROEZA ENCANTOU SEU CORAÇÃO.
DE UM IMPULSO INTUITIVO, COM A DESTREZA DE UM MENINO, SALTEI DO MEU CAVALO GUIADO PELO DESTINO.
MIREI EM SEUS OLHOS, ESTENDI-LHE A MÃO... SEM DIZER UMA PALAVRA...ENQUANTO NÓS NOS OLHÁVAMOS A CAVALGADA PASSAVA, SEGUINDO A PROCISSÃO.
SEGUREI-A PELA CINTURA ENCOSTANDO-A EM MEU PEITO, NO BEIJO INESPERADO, ENTREGUEI–ME PAIXÃO.
NUM GESTO DE VALENTIA, COLOQUEI-A NA MONTARIA,
DESAPARENDO NO ESTRADÃO.
HOJE, EM CAVALGADA, POR TERRAS CONQUISTADAS...
OLHANDO O FIRMAMENTO, VEM NO PENSAMENTO A IMAGEM DAQUELE MOMENTO DE CORAGEM... DO AMOR ILIMITADO DE ALMAS APAIXONADAS.
Rafael Trindade
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Rafael Trindade: Poesia, Arte, Etc & Tal
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