Quando o encontrei pela primeira vez
Tudo era mágico...
Minhas mãos insistiam em alcançar seu rosto
Mas ainda eram pequeninas...
Um abraço confortava-me e protegia-me
Dos medos e fantasmas...
Quando caminhamos juntos pela primeira vez?!
Senti-me um grande homem, mesmo sendo ainda um menino...
Corremos, brincamos e sorrimos...
Num belo dia de sol, sentamos a beira de um rio...
Ensinou-me a pescar...
Ah! Meu primeiro peixe, quanta alegria...
Quanto aprendi em sua companhia!
Não precisava dizer uma só palavra
E eu sabia o quanto me amava.
Já brigamos, mais foi bom! Eu cresci...
Hoje somos amigos, e eu o amo!
Que bom saber que posso contar contigo...
Cuidar de ti, me enche de alegria...
Ouvir suas historias me conforta
Como se no colo comigo estivesse...
Meu coração transborda
Ao saber que minha vida se funde a sua existência...
Quantas alegrias!!
Quem bom, meu grande amigo...
Que bom, meu velho pai...
Rafael Trindade
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A muito tempo atrás, lá pelas bandas de Rio pomba
No interior das Minas Gerais, conheci um homem
Tropeiro e candeeiro que percorreu este pais inteiro
pelas patas de seu cavalo ligeiro
Valença, Santa Rita, Curitiba e Goiás
Eram caminhos que deixava para trás
Homem de muitas histórias as quais guardo na memória
para contar aos amigos que um dia comigo cavalgar
Valença cidade que outrora viera a passar
Outra história vem se iniciar
É de Raul Berranteiro, neto de alguém
Que não esqueço, mesmo que queira
Falo de Amaro Modesto Pereira...
Uma singela homenagem ao Meu Avô, um dos últimos tropeiros das Minas Gerais, que por aqui passou nas primeiras décadas do século xx, e meu irmão Raul Trindade, um grande berranteiro.
Rafael Trindade
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Em silêncio cativo e distante...
A beleza se perde no vazio de noites frias e inebriantes
Como um espectro solitário busca em seus pensamentos
A força e a coragem de cavaleiros templários
Para emergir do vazio da alma... Da escuridão calma...
E embriagar – se em fantasias, iludindo-se em momentos quentes...
Saborear a vida latente na incerteza do amor e do desejo.
Viver o mundo real com seus riscos, sem medo, sem culpa...
Ser mulher em sua verdade plena e absoluta.
Conquistar – se com a docilidade de uma flor...
Deixar – se ser conquistada num pleno amor...
Perder – se em volúpias fugazes...
E num gesto insólito, do refugio se lançar -se
Como um sopro de brisa leve
Libertando-se de onde antes deveras cativa
Num ímpeto ressurgir em busca da felicidade...
Rafael Trindade
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Um país em sua luta
Pra vencer em sua conduta
Bradou a independência
Implantando a república
Houve até revolução
E a ditadura em cilada
Sufocou o cidadão
Uma nova era surgiu
Com a democracia no coração
Viu-se uma luz na escuridão
Tudo não passou de hipocrisia
O poder em sua covardia
Vestido em fantasia...
Zombou da população
Quebrando a confiança
Com o poder em suas mãos
Dividiram o mensalão
Implantaram a corrupção
De acusado à acusação.
Nas próximas eleições?
Que nos sirva de lição
Para salvarmos o país
Dessa imensa podridão...
Rafael Trindade
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Não deixarei um só momento
Que nuvens negras ou temporais
Invada as imagens de meus sonhos.
Nem o veneno da mais perigosa serpente
Entorpeça meus ideais...
Mesmo que sorrateira será aniquilada
Pelo sol que clareia as imagens de meus sonhos...
Eu sou guerreiro de espada afiada
Acredito que...
Sem o sonho a vida não é nada
Por isso caminho nessa estrada
De conquistas ilimitadas...
No chão, caio! Levanto mais forte
Pois acredito, na força da vida,
E no preparo pra morte...
Acredito em Deus, na força do destino.
E que a vida sempre volta no lugar de seu inicio...
Sempre acreditarei nos meus ideais...
Enquanto os raios de sol clarear
As imagens de meus sonhos.
Rafael Trindade
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No admirar da alma
No abraço que afaga
No carinho que acalma
Num sorriso no rosto
Na brincadeira mais solta
No tempero com gosto
No brilho do olhar...
No caminhar de mãos dadas
No contar uma piada
Em dar gargalhadas
Em unir na empreitada
Na construção da morada...
No amar sem fronteiras
Em falar muitas ... “besteiras”...
Fazer amor a noite inteira...
Gozar na banheira...
E um (a) filho(a), um(a) herdeiro(a)!!!
Rafael Trindade
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No instante em que suas mãos no meu corpo tocam
Minha pele antes adormecida, desperta intensamente...Em lapso de arrepios...
Meu suspiro trêmulo ao toque de seus lábios,
Constata deliciosamente sua invasão entorpecente...
Impulsionando-me a uma gravitação alucinante...
Abraçada a sua nudez e pervertida por seus ávidos encantos...
Perco a lucidez...
Derramando lagrimas sorridente...
Minha alma cativa, em delírios dançantes...
E meu coração... Pulsante...
Rafael Trindade
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Brumas leves esconde beleza rara
Nas veredas ou jardins floridos
De sentimentos sóbrios...
Num campo desnudo do absurdo
Esculpido no coração ferido
Pela derrota no amor...
Rafael Trindade
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No inconsciente infinito
No abismo da alma
Na ambígua definição do amor...
Seres entram em êxtase
Pelo açoite da incerteza
Entre a verdadeira expressão de "querer"
Ou simplesmente amar com prazer...
Rafael Trindade
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Um sinal por um momento
Refletida em pensamentos
Transpassa ruas e avenidas...
Iluminando a vida...
Sua face, seu corpo e sua nudez
Em desafio a minha sensatez
Num sexto sentido emiti sons e ruídos...
Uma canção aos meus ouvidos...
Em velocidade sonora
Seu desejo implora
De uma antena celular
Ao meu, encontrar...
Desejos e taras
De um toque em sua fenda
Liberto cheiro de fêmea
Intimida, excita... O autor desse poema
Em nuances de caricias
Num toque de malicia
A alegria irreverente
No exalar do desejo... Leitoso transparente
Suspiros latejantes... Invade a intimidade
De um lado a outro de cidades
Num ímpeto de romance
Na viajem do amor... Num orgasmo distante..
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Rafael Trindade: Poesia, Arte, Etc & Tal
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