Nos bares da vida
Sou fera ferida
Esculpindo nos copos
As marcas e cicatrizes
De dias de dor e noites de solidão
Convivo com artistas,
Loucos e meretrizes...
Que se amparam pelo carinho
Na retirada de espinhos
Das entranhas da alma...
As horas passam
E a madrugada sonolenta
Anuncia a partida de volta pra casa
Num voo sem escala
Ao perfume que a tristeza exala
No vazio canto da sala...
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Entre nós não caberia ninguém,
Quando estivéssemos a sós...
Seriamos cúmplices de alegrias atrozes...
Seriamos amantes de sonhos ocultos...
Saciaríamos os nossos desejos mais vorazes...
Num abraço, de união absoluta
Não haveria espaço
Para transpassar a mais leve brisa
Nem os raios de sol ou o clarão da lua...
Por que nossos corpos se uniriam numa única melodia... Na mais fina sintonia...
Numa junção frenética de fantasias...
Minha boca na tua, nossas almas nuas
Num pulsar radiante de alegria
Na batida dupla de um só coração
25/01/2012
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Não há vitória sem luta
Ou amor sem conquista
Expectativa sem esperança
Ou amizade sem confiança
Não há sensualidade sem beleza
Ou rainha sem nobreza
Razão sem certeza
Ou riqueza sem pobreza
Não há 02 sem natureza
Ou poluição sem empresa
Falsidade sem político
Ou candidato sem comício
Não honestidade sem conduta
Ou preso sem desculpa
Juiz sem o poder
Ou sentença sem recorrer
Não há Deus sem o louvor
Ou trabalho sem valor
Ambição sem a ganância
Ou país sem liderança
Não há bem sem o maldito
Ou bíblia sem manuscrito
Crucifixo sem a cruz
Ou Pilatos sem dizer isto:
"Lavo minhas mãos, crucifiquem Jesus Cristo".
Rafael Trindade
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Um amor selvagem e puro
No êxtase nos deixa insanos...
Em fantasias, delicadas e profanas...
O prazer precisa acontecer...
No calor da emoção, de ímpeto, excita...
Entorpecido, clama para que a noite seja infinita...
Acariciando seu rosto, de um beijo ardente...
Navega em seu corpo... e, num mergulho inconsequente
Afoga-se em nuances úmidas e quentes
Perde os sentidos ao sussurrar no ouvido
Um grito, um louco gemido... Ah! A paz no coração...
Com a velocidade do vento
Na explosão, o orgasmo invade o silêncio...
Em busca da alma, no tempo...
Rafael Trindade – 04/04/2010
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Muitas vezes procuramos incessantemente por um amor...
E nessa busca desenfreada muitas vezes, cansados, sentimo-nos só...
Na ânsia não percebemos que o verdadeiro amor esta ao redor...
Na singeleza de gestos
Nas atitudes honrosas diante a vida
Ao dar–mos a mão abraçando causas
Fazendo o bem sem ter nada em troca
Ou simplesmente o bem de volta...
Ao afagar um amigo
Passear de mãos dadas, sem pensar em nada...
Rolar na grama feito criança,
Não perder as esperanças
Amar sem compromisso
Ser cúmplice de nossos desejos
Dividi-los com nobreza
Um sono descontraído a qualquer hora...
Ou fazer amor sem regras, sem pudor...
Amar é ser igual, assim encontramos o amor real.
Rafael Trindade -23/08/2010
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Você...
Que como a nascente, se entrega ao mar...
Na nudez, em cumplicidade com o luar.
Como um beija – flor em seu vôo absoluto
Com suas asas como batuta, regendo músicos.
Como uma lagarta em metamorfose
Que na morte renasce lúdica...
Um pessegueiro com sua flor charmosa
Que aguarda no fruto, a mordida insinuante...
Ou, na imensidão... Um lindo, botão de rosa.
Como uma estrada sem fim...
Um caminho sem volta...
Uma canção de única nota!
Ou um filhote em seu ninho...
Sonhando com a liberdade
Como uma montanha rochosa...
Com sua fenda lacrimejante
Ardente e fogosa.
Como o começo de tudo
Um horizonte no mundo...
O abraço profundo...
A lança e o escudo
Nos gemidos e sussurros...
Perdendo os sentidos
Ao receber um beijo...
Alimento de um ávido desejo
Consagrando uma paixão insólita...
Delicada, meiga e carinhosa.
Rafael Trindade
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Acorde deste sono profundo
Meta a cara no mundo
Venha viver, por um segundo
As sensações do coração
Viver uma forte emoção
Um olhar, uma gentileza
Um toque, sentir a nobreza
O vento no rosto
Inundar de estrelas seu corpo
Viajar no espaço com os pés no chão
Subir num cometa na contramão
Ouvir fogos de artifícios
Sentir a força da lua,
Quando estiver completamente nua
Ser dona de seus desejos
Sem traumas, sem medo
Acender uma nova chama
Olhar o sol da varanda
Gozar na grama, no tapete ou na cama
Receber flores como uma dama
Sentir a primavera, exalar seu aroma
Saber que está viva
Não importar com dramas
Perder o juízo
Visitar o paraíso
Amar sem castigo
Sorrir, sorrir pela liberdade e por existir
Viver, viver todos os seus segredos
Com a sensação e a leveza de ser somente... Você.
Dedicada a todas as mulheres, que desejam e lutam pela liberdade de ser, simplesmente e totalmente, “Mulher".
Rafael Trindade.
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Valença, berço da cultura.
Valença, palco de uma nova história...
Bradava os pioneiros trilhando a Gloria...
Nos caminhos abertos pelo intrépido Souza Werneck,
Capitão de natureza alterque.
Desbravando aqui, acolá, das estradas gerais ao tinguá,
Estendeu–se aos caminhos auxiliares do Pilar...
Na Saldanha marinho a espera ansiosa
Pelos bravos tropeiros, com carinho...
Com suas mulas e bandeirolas,
O feijão, o sal, seda e o linho...
Traziam também, a cantiga de viola...
Naquela aconchegante aldeola
Negro repintado, no toque da alvorada...
De ferreiro a tropeiro, tão cedo na estrada...
Com sua astúcia, fez muito dinheiro
|Tornou-se próspero fazendeiro
A irmandade? Foi fundador!
Engajado tornou-se provedor...
Valença grata em seu seio brada
O Mineiro Barão de Guaraciaba
Cantiga da rapariga, nas ruas do Carambita.
No jongo sua sina estava escrita...
Clementina, Jesus inspira, eleva aos continentes...
Ícone da cultura afro descendente.
Dos saraus de violino reunidos na matriz
No largo ou no chafariz,
Celebridades e poetas
Para ouvir, a famosa seresta...
Valença, cidade dos festivais!
Na música pioneira
Palco de belos carnavais
Berço da cultura brasileira.
Rafael Trindade - 31/10/2010
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Rafael Trindade: Poesia, Arte, Etc & Tal
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